domingo, 30 de novembro de 2008

Atlas


Bandeiras distantes, países comprimidos entre os dedos, na cama de noite os pés no chão do mundo, rios talhados em vermelho, branco, traçava no mapa navios o ranger da porta na cama e o cobertor sendo puxado, continentes descobertos, a cada toque um medo em fuga porto deque dia claro só navega pro nepal, japão, o peso no corpo, no escuro, na china longe um bilhão de pessoas cheirando a cravos da índia famílias inteiras correndo perigo em mumbai em santa catarina o bafo de cachaça a mão rasgando as calças, a irmã chorando ao lado, pesadelo e latitude em vigília malásia mongólia maldivas tremores camboja espasmos de mapas molhados.

3 comentários:

júlia disse...

lindo
os ombros suportam o mundo
não, o mundo tem cheiro de ombros
lindo

júlia disse...

lírio

Sérgio disse...

Nunca tinha olhado a atlas assim; a contrário, sempre gostei da parte das bandeiras,

 

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