terça-feira, 25 de novembro de 2008
Para o lixeiro
Um poema de Pessoa dizia algo, que era? Hoje não, hoje não posso, hoje é impossível, hoje nada. Mas acordo cedo, recolho um saco inteiro de cocô dos cachorros acumulado durante a semana, deixo o saco na calçada para o lixeiro que passa às oito horas, vou para a faculdade, saio com pressa, pego o metrô depois o estacionamento em frente à estação onde deixei o carro porque não teria tempo para um mínimo de tráfico que fosse. Dirijo para a terapia sem almoçar, em casa faço um prato e como em frente à TV, conversando com meu colega no horário que já deveria ser uma reunião mas virou almoço, depois uma hora discutindo um trabalho e não tomo banho, apenas passo um perfume forte, preciso sair, triste, seria francesa apenas por necessidade porque hoje não posso mais nada, nem tomar banho.
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Um comentário:
forte como
cocô de cachorro
se o lixeiro não passasse
gostei tanto
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