quarta-feira, 22 de outubro de 2008

22 de outubro

Acordei que só lembro dos negativos. Fica um tempo aqui curtindo. Tipo quando você chega num fim de mundo qualquer, no sertão, em si. Você vê aquela graminha que sobe ou uma terra muito seca e se diz "cheguei", onde ninguém nunca me viu chegar. Na noite que vem dorme um pouco menos pra ver se volta na ponta dos dedos aquela sensibilidade cristalina de uma pedra. Dedos de grafite. Se é pra endurecer vou começar pelas digitais. Duas palmas me deram. It's like the world's end of the begging. Alguém mais quando ouve Tomorrow never knows vê gaivotinhas pedindo: me ajuda mãezinha? A minha quer que eu volte pra análise. Recomeço um diário. Vermelho. Fico observando o silêncio das coisas. Fracasso semanalmente.

2 comentários:

Anônimo disse...

júlia. O DIA PRESENTE. eu quero todo texto assim. me bate.

Sérgio disse...

"Recomeço um diário. Vermelho. Fico observando o silêncio das coisas. Fracasso semanalmente." Geralmente os diários são or ordinários cadernos de capa dura do supermercado ou do bazar; eis aí já o nosso fracasso. Ou é a exclusividade inacessível ou mesmo não desejada, o silêncio barulhento das coisas.

 

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