sexta-feira, 25 de abril de 2008

silêncio (1)

Diz a parte engraçada e, na falta de resposta sobre o engraçado ter sido transmitido, continua, parafraseia, faz gestos largos, grita, imita os personagens em vez de descrevê-los. Perde-se, esquece o que o motivou a falar. A empolgação mal expressa se cansa, a voz diminui o tom, os gestos se contêm, cresce a vontade de entender. Acalma-se. Tenta imitar o interlocutor que continua quieto. Torna-se levemente melancólico, faz considerações sobre o humor difícil de quem o escuta. Logo um novo golpe de euforia se veste com uma história que poderia ser boa se dita em segundos, mas que se estenderá por vozes e gestos e palavras desnecessárias.

2 comentários:

marcos disse...

nossa

bernardo rb disse...

/a interação social é feita de óleo soya velho e lata enferrujada/

 

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