quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Diário de Estância, III


Que quantas filigranas se estendem entre ele estar morto e esta coca-cola desempregada! Por exemplo, a praça. Não sei de sua história. Mas o problema da História é justo esse, de uma vez que se começa, a coisa perde qualquer encalço de fim. A História não esgota nada. A Filosofia não esgota nada. Peter, talvez Peter saiba de alguma coisa, devo lhe falar antes que vá para Belgrado. Esta é uma página cega. Deu praia, não lembro dum céu assim azul, duma lixeira tão laranja. Dezembro. E passa o moleque-filho-do-jornaleiro, de bicicleta, falando alto sozinho, gosto do moleque-filho-do-jornaleiro. Eu também falava sozinho nessa idade. Estou pensando na seqüência final de “Yentl”, Barbra oferece ambos os perfis à própria câmara, depois desafia (frontal, alegre): papa, watch me fly.
 

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