Natal de 2008, no dia da morte de Harold Pinter. Pausa. Houve uma longa pausa na praça onde nada sei. Todas as árvores da minha rua levam postas voltas e mais voltas de bijuteria barata. As contas acendem. Não piscam, dão uma luz estanque que me faz pensar em polaróides recém-tiradas, em Zsa Zsa Gabor, talvez, fazendo a senhoria siderada de “The Birthday Party” numa montagem mal-sucedida em Vegas, 1967. Eu dançaria, eu me largaria num vero showstopper, fosse este o ventre rhinestoneado de todo o Universo. Mas houve uma longa pausa na praça onde não liguei para ninguém. Meus heróis morreram de velho mesmo. Saímos, Anna e eu, encontrar com Gabriel. Nunca sabemos ao certo em que lugar do país ele está, é das coisas que nos fazem amá-lo.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Diário de Estância, VI
Natal de 2008, no dia da morte de Harold Pinter. Pausa. Houve uma longa pausa na praça onde nada sei. Todas as árvores da minha rua levam postas voltas e mais voltas de bijuteria barata. As contas acendem. Não piscam, dão uma luz estanque que me faz pensar em polaróides recém-tiradas, em Zsa Zsa Gabor, talvez, fazendo a senhoria siderada de “The Birthday Party” numa montagem mal-sucedida em Vegas, 1967. Eu dançaria, eu me largaria num vero showstopper, fosse este o ventre rhinestoneado de todo o Universo. Mas houve uma longa pausa na praça onde não liguei para ninguém. Meus heróis morreram de velho mesmo. Saímos, Anna e eu, encontrar com Gabriel. Nunca sabemos ao certo em que lugar do país ele está, é das coisas que nos fazem amá-lo.
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Um comentário:
o mais bonito até agora
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