sexta-feira, 26 de setembro de 2008

o porteiro

Ele não era bonito, mas dizia que me amava e nunca deixava eu pagar a conta. C’est sufi, pensei. No nosso primeiro encontro, ele disse que ficou surpreso que eu tivesse retribuído o olhar e mais ainda o beijasse na boca. Só lembro de passar minha língua em seus dentes para ver se tinha todos ou pelo menos os da frente. Nunca pedi para que ele tirasse o boné. Na verdade, que ficasse totalmente pelado. Ele não usava cueca e isso já era intimidade demais. Eu interfonava e ele subia. Nem sempre eu abria a porta, mesmo assim ele nunca deixou de ir.

2 comentários:

Leonardo ViSo disse...

la trois eme!
ao sexy worker pride,sempre!

L O ® disse...

O mais legal é que o texto não explicita o gênero do eu liríco... aí fica por conta do inconsciente de cada um... lógico q minha primeira leitura só pensava em outro cara... hehehe... não sei explicar pq...

 

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