A sensação de sair de casa achando que deixou algo para trás, mas não sabe o que. Confere: carteira, certo; celular, o maldito, está aqui. Crachá (a sineta do gado corporativo) também está aqui. A chave de casa está no bolso, o bilhete de ônibus também. E as mãos continuam a revirar cada dobra da roupa onde pode haver algo necessário e essencial. O livro, o pen-drive, as apostilas. Pus meias? E ergue ligeiramente a perna da calça para verificar. Caralho, que está tudo aqui e não consigo pensar em mais nada. Chega o ônibus e fico com a irremediável sensação de que deixo algo para trás. O trajeto prossegue e, quando consigo sentar, no último ônibus, percebo: esqueci-me em casa, dormindo.
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