quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Diário de Estância, IX


Não é preciso esforço para botar miçangas de suor pelas têmporas. Chorar são outros quinhentos, mas você alguma vez já riu tanto a ponto de alguma coisa rebentar na arca torácica? Há mecanismos mais sutis, certo, mentiras mais sentidas, como o verão. Uma doença lenta que se espraia por dentro, eu quero rir e chorar e ser impossível. Play, já não ouço o berro das cigarras. São criaturas muito em-tempo, as cigarras. E se os dias (a passagem dos dias) nos premessem assim, também estaríamos agarrados às árvores, berrando. De qualquer forma, é bom estar fora de casa. Os inocentes e os culpados, todos na mesma cestinha, todos levados adiante pela mesma Caloi azul-bebê. Nada é simples e tudo é bastante banal.

Um comentário:

Anônimo disse...

o verão anda bem pouco sutil
todo verdade
35 graus
relâmpagos

 

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