terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Meio negra

Nasceu em Ponta Grossa, a mãe em Curitiba, a avó na Bahia; apaixonada por um polaco (a avó) veio para o Paraná, moraram juntos, engravidou, ele sumiu. Meio negra (o que é isso?), trabalhou como assistente de enfermagem até se aposentar; insistiu que a filha estudasse; ela (a filha, a mãe) formou-se em engenharia mecânica porque queria um curso difícil – um curso de verdade, um curso masculino. Mais clara que a mãe, moreninha, os cabelos encaracolados já não eram crespos. Cacheados. Casou também com um clarinho, italiano, seu colega de turma. A filha ninguém saberia julgar exatamente – espanhola? portuguesa? iraniana? Adolescente nos anos 90, não queria namorar um branco. Por que todas fizeram isso?

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