quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Diário de Estância, VII



A praça pela primeira manhã do ano. Perdi os chinelos na praia. As passadas são duras, flerto com a idéia de parar um pouco. Não paro. Tenho medo de desmaiar e quero escrever uma carta de amor. Ela se chamaria “Amor 2009” e não se pegaria a ninguém, não excluiria ninguém, seria uma carta de amor toda-inclusiva. J. perdeu o trem e chegou um quarto de hora atrasado para a retrospectiva. Olhos Verdes foi fazer a guerra. O Maratonista tentou achar alguma ironia nas despedidas, e não havia o que ironizar. Tanto melhor que F. não tenha telefonado, isto prova por A + B que nada, rigorosamente nada mudou. Seria uma carta toda-inclusiva, de uma vez que se começa, a coisa perde qualquer encalço de fim. As solas desfolhadas.

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