sábado, 3 de janeiro de 2009

retrato de crasse: Márcio

Juli no patinete. minha sobrinha vai pra frente e pra trás. desdenhando o trajeto da quadra. Juli esbarra na mureta e cai rindo. do alto da minha janela, meu riso pensa precoce. chega o porteiro muito barulho. ela recalcitra, toca tambor com a terra do jardim. super trilili termino a dose de uísque e sem energia desço quatorze andares. quando chego Juli joga giz de cera na cara do porteiro. do alto do pensamento fico sem saber se cato o giz ou carrego a menina. como respeitar a soltura infantil? talvez eu nada de filhos. olho pra Severino e começo a dançar imitando uma música da Xuxa, descontraindo com humor. de cara vermelha, ele escarra no chão. diante da brutalidade inadmissível, me agarro revoltado ao patinete desculpa.

Um comentário:

Sérgio disse...

Ah, os pequenos e tão caros retratos três-por-quatro do cotidiano alheio...

 

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