terça-feira, 27 de maio de 2008

Dois quartos

Morávamos numa casa estranha com dois quartos. Um sobrado na rua Cardeal Arcoverde, bem em frente ao cemitério. A casa original fora dividida em três partes: no andar de cima ficava o escritório do dono. Era um homem de sessenta anos, ainda conservado, embora de maneira nenhuma bonito, que vivia da renda de aluguéis. No andar de baixo, a frente estava alugada para uma loja de móveis antigos. Nós morávamos embaixo, nos fundos. Uma porta de metal se abria na calçada, levando a uma escada de trinta degraus, escura e estreita, cercada de paredes. No fim da escada, a porta da casa. Uma sala grade com piso de lajotas, ccom uma única janela abrindo para os fundos da loja.

3 comentários:

marcos disse...

espaço é a acumulação desigual de tempos.

...

[do milton santos]

maria claudia disse...

me lembro... até dá arrepios.

bernardo rb disse...

If architecture is te art of making space distinct, is it also the art of stating the precise nature of space?

If the concept of space is not a space, is the materialization of the concept of space a space?

Tschumi, "Questions of space"

 

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