domingo, 14 de setembro de 2008

Pão de Açúcar

A professora do Fundamental I disse que esta será uma semana fria em São Paulo, com os termômetros atingindo os dez graus negativos. Ontem mesmo, de madrugada, a Paulista estava um gelo. Uma garoa pesada empapando as nossas roupas depois que saímos da travecagem na casa do Fabinho. Fazia muito tempo que não via ele nem Victorety, que me perguntou sobre a viagem ao Rio e disse que ficou mais um dia em Copacabana. Eu, desde que voltei, sinto que nem fui. Vi o Cristo de soslaio e o Pão de Açúcar da janela do ônibus. Quando cheguei, parece que São Paulo já estava aqui bem antes de mim. Desde então não parei de trabalhar. E vi minha mãe só uma vez, no dia em que nossa cachorra morreu.

Um comentário:

sabina anzuategui disse...

gostei muito. um fragmento de narrativa compreensível mas que não se apreende de todo, como uma foto de rua.
fiquei em dúvida sobre algumas expressões. não sei se "um gelo" combina com "soslaio". o personagem usa gírias ou é culto? não é preciso uma lógica perfeita, mas aqui me incomodou.

 

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