os jornais que sobraram - ou o que sobrou dos jornais na cabeça-mente dele? os papeizinhos recortes recortados hemeroteca absurda, pré-internet - ou isso tudo o extrato mais afável da massa encefálica, marca-d´água psíquica? massa folhada: caro suplemento dominical. poltrona xicrinha. café garrafa. recortes jornalísticos, ou seja, noticiosos, guardados – separados de meias e cuecas, mais precisamente na gaveta abaixo. ele ainda precisava disso? esse resto. curiosidade restante: as marcas de ferrugem do contato clipes–papel: o que vem antes: a ferrugem do clipes ou o amarelo do papel? Atestados da morte do leitor – daria aulas de português? o arquivo seriviria secretamente para um dor mais ampla.
sábado, 31 de maio de 2008
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3 comentários:
A minha hemeroteca virou há tempos (purtroppo) condomínio de fungos e tesourinhas.
com as coisas que se guardam temos que tomar cuidado que elas não nos guardem também
concordo. é um grande medo esse, ser guardado pela coisa guardada. parece que a infelicidade está ligada à memória.
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