quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Diário de Estância, XII


Antes de mais nada, comunhão. As habitações dão para um espaço comum. Esta é pequena. Não tem balanço, não tem coreto. Só bancos. Penso que eu seria mais feliz com um coreto por perto. Sempre que pisasse lá me ocorreriam charamelas, basta isso para que os lábios repuxem, subam, diga X. As coisas como sendo, restam as pessoas que pisam, coisa que não cessa. Trânsito de Tadzios pelo início da tarde, ninguém se abate da vertigem comunal. Porque vertigem, é. Antes de mais nada, vertigem. Antes de mais nada, trânsito. Comum, comunhão, comunal, um dos capítulos deste estudo de Ivo Kranzfelder sobre o Hopper leva o título de “Tirania da Intimidade”. Isso sempre me impressionou um bocado.

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