sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

a morte do autor já não nos comove, como se nos assemelha esta morte, como somos dele a sua fisionomia pura, a sua gestação de densidades que jamais saberemos o teor... a liberdade, a sua voz... é agora que temos dele a ilusão biográfica, os seus sóis em ramos trincados e os ossos saindo como petalas em um corpo de esferas mudas, decaídas, como o vento passa entre as janelas e se choca nos lençóis de feno... esse ar quantificável, o empunhamos! tão logo sabemos para onde ir e o medo não mais degola! Degola! o tempo, o tempo das sombras aquecidas pelo nunca... o frio da amizade e um coração para cada homem.......................................................................................

4 comentários:

arturo disse...

quero acrescentar agora, uma coisa que me veio após a postagem:
"o oco sem proporções..."
talves título, talvez após a "ilusão".

arturo disse...

eu me calo com medo de não conseguir escrever mais uma palavra, não conseguir falar... sem maltratar o escuro e procurar uma reserva em mim e não ter mais do que o circulo das coisas refazendo seus horizontes mudos, na minha entrega de rios guardados... um continente e o ar, o medo de que as veias sejam uma ilusão, um contagio de forças, uma união, o jato de olhos na profundidade da pele... retorna esvai

arturo disse...

uma mascara bem bonitinha, uma brincadeira de cordas que podem enforcar, pode refrescar... a poesia é uma coisa assim, uma certa forma de fazer um gesto.

arturo disse...

o que é perguntar a um copo sobre a regularidade do seu halo de transparencias... há também o prazer da demora, outros prazeres... essa demora inconsistente e ver-se consumido em um texto e ver-se diluido ali antes e ao redor, no centro invadido pela tempestade onde se encaixam e se alinham os contornos que não sabiamos existentes e que continuam assim, inexistentes, apesar do peso, a despeito de tudo

 

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