quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Diário de Estância, XIII


Aprendemos uma nova palavra hoje, crianças: recursividade. Que é quando as coisas dentro das coisas dentro das coisas. Como vim parar nesse escritório? Não sei, foi de repente. A praça não me espelha nem eu espelho a praça. Transitamos (antes de mais nada). Não teve ensejo de pensar o mundo todo. Mas meus braços, pernas, olhos, meu sexo arrogante, o que contiveram? Que diabos abarquei? O que deu pensar? Não se pode ter tudo. Isto não me interessa. Certo, à justa. O que se deve? Devia era ter gritado. Não, fui polido demais e sempre, encastelado. Abriu-se um vão, caí, agora estas janelas batendo-se com paisagens irreais. As mesas dão para um espaço comum, penha branca bem no meio do meu fino delicado tão suave

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