Eu não conhecia ninguém na cidade que servisse de fiador, ou seja, ninguém com salário e proprietário. As pessoas viram proprietárias depois dos 30 ou então NASCERAM proprietárias, eu não conhecia ninguém assim. Na minha família, claro, pais e tios que trabalharam a vida toda economizando e pagando financiamentos, mas eles estavam a 400 km de distância e ainda bem. Eu estava fugindo desesperadamente desse destino implacável de economizar e trabalhar e economizar e trabalhar e por isso dormia entre quatro camas na república das enfermeiras mas estava difícil ser estudante e independente e pobre e lésbica porque para praticar este último adjetivo eu PRECISAVA de um lugar pra transar.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
é uma situação recorrente essa
Postar um comentário