segunda-feira, 30 de março de 2009

Clemente Falcão e Engenheiro São Paulo

Sobre o mapa, está traçado tudo o que já houve. O techo de trem que vem do Brás ao Tatuapé aparece liso, à distância; mas se aproximo a vista, duas bolotas na linha preenchida por tracejado preto e branco. Duas estações antigas que ressurgem das sombras e do pó nas quais a modernidade as jogaram. Gritos do passado, traves de corberturas que clamam ou brotam: esqueletos destelhados e despossuídos. Afinal, por que no Tatuapé há o Cemitério da Quarta Parada, sendo que só há duas estações de trem? As outras duas, presas no passado com seus trens defuntos, vivem na memória dos mais velhos (poucos). Quem diria que o passado de cinquenta anos seria tão difícil reconstruir? Arqueologia das novidades.

Nenhum comentário:

 

Free Blog Counter
Poker Blog