quinta-feira, 19 de março de 2009

Diário de Estância, XVIII

Não tenho com ninguém. Com efeito, rezo para ninguém me aparecer no caminho de casa. O cinema, comunal demais, não tenho estômago. It's a long way (deram pra chiar, esses fones de ouvido). É montar que a vejo sozinha, passando a mão pelos cabelos. Conforme: boa noite e sigo adiante, atrás dum banco só meu. Ela se afasta, agora o assento vago, me aboleto. Não digo nada, não tenho nada a dizer. Conforme. Pergunto o que tem feito, apenas, há tempos não a vejo, bastante para preencher o longo da viagem. Ela diz que tem andado retirada, entre a tese e o emprego na Secretaria, não sobra muita cabeça, menos que nada a dizer. Mas agora, de monografia entregue, talvez torne a ter vontade de ver gente.

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