Ele vinha de olhos claros e bonezinho de veludo pela rua. Só faltava um relógio de bolso para compor o visual. Talvez, um guarda chuva xadrez cairia bem – para girar no braço enquanto assobiava, já que o dia era de sol. Caminhava feliz. Bem contente. Super alegre. Chegava a ser arrogante. Sim, ele era muito arrogante envolto em tanto contentamento. Empurrei-o na frente do primeiro ônibus que passou. Quer dizer, do primeiro ônibus de cor amarela e placa “Realengo”. Não ia dar o prazer a ele de morrer chique num “vermelho-Leblon”.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
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Um comentário:
fiquei querendo que o narrador se expusesse mais. por que a arrogância dele é maior? ele deve ter alguma fragilidade. acho que quando a violência é grande tem que ter algo que a desestabilize, burle o seu poder, deixando a coisa mais sensível.
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