terça-feira, 17 de junho de 2008

Aluna viciada

Fui sua assistente durante seis meses logo depois de formada. O projeto era encomendado por um produtor, um drama: professor quase aposentado que se apaixona por uma aluna viciada em heroína. Meu professor tinha a teoria, ouvida do Person (eu acho), de que "o roteirista é o terapeuta do diretor". Quando o trabalho chegou a certo impasse estético, ele concluiu que a aluna drogada simbolizava a filha adolescente do nosso chefe, o que implicava algum amor incestuoso reprimido, etc. Mas eu já era meio sambada quanto a homens de meia idade. Sem sublimação. Por que não ir direto a uma adolescente real com quem o cara quisesse realmente transar?

3 comentários:

bernardo rb disse...

não sinto o mundo dividido quando leio, gosto dessa "gramática". é muito interessante essa coisa do sexo dos intelectuais.

John disse...

É foda ne? Mas as vezes a ficção, o escrever é o ópio de hoje.

"O riacho é raso que só, mesmo assim, a água que passa nunca é a mesma."

A alma humana é foda, por mais simples que pareça ser o desejo, sempre tem uma enormidade de variaveis ali por trás...

E como diria minha amiga Inês, "intecletual é foda! não transa! odeio esse povo."

rs brincadeiras a parte. belo texto.

adorei a ideia do blog.

sabina anzuategui disse...

Lembro do meu professor de Cinema Brasileiro reclamando que mais um filme mostrava o personagem intelectual assexuado ou inteiramente desajeitado nessa questão. Foi um dos poucos momentos em que seu tom de voz se alterou em classe. Ele estava se defendendo, mas nem precisava.

Porque intelectuais (homens e mulheres) são safados.

Têm muitas alunas/os e fãs à disposição.

Qualquer poderzinho te atrai algumas vítimas.

 

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