sábado, 14 de junho de 2008

"uso chapéus para manter as pessoas afastadas"

onde fui parar com as coisas: em casa. deixei-as ali. sentei aqui. elas, afastadas de mim. ali. não sei por quê. pelo menos até que eu decida sair dessa, tomar cerveja etc. aí então elas se aproximam em desordenado movimento aéreo - e se acomodam todas na minha cabeça, num arranjo. as referências. é importante situar-se. quais são as suas. carmen miranda e isabella blow. "uso chapéus para manter as pessoas afastadas". saio, vou encontrar o povo. poltergeist. inventário: um pequeno banco laqueado cinza, objetos menos favorecidos comprados no centro, um santinho de cartolina chique (cristo sofredor), um garfo da infância.

7 comentários:

júlia disse...

um homem-magritte faz o que pode pra se defender

marcos disse...

tenho gostado tanto dos seus textos, b. lembra do caio? lembra de a gente ter dito "é, mas nem tanto assim"? pois eu acho que você é - um upgrade. atravessando a rua. tão mas tão bonito.

esse é muito london, london, só que local. e com magritte.

bernardo rb disse...

querido, muita bondade! mas você não acha que é sensibilidade compartilhada? referências em comum etc. na verdade eu também vejo caio em algumas coisas que você escreve.

gente: procure uma foto da isabela blow procê vê! é uma figura! achei numa revista escrota de agosto de 2007 (na capa: "prévia de verão: peças que você precisa ter antes de todo mundo").

sabina anzuategui disse...

ah, me sinto um pouco solitária diante dessas lembranças de amigos, também no meu apego ao realismo e às frases gramaticais. quando estava na faculdade, briguei muito com meu namorado, que insistia que eu participasse de uma "revista de poesia". mas as pessoas viajavam muito e não consegui me encaixar. revista "azougue". o mundo se dividiu cedo.

Anônimo disse...

é que você, sabina, não é a única de nós que tem um - projeto? nós estamos nas pílulas, e você, em blog, escrevendo um "romance". eu gosto, pois.

das lembranças - as sensibilidades compartilhadas - b, pode ser. mas não sei, esse texto tem uma umidade pessoal, uma fuga do sadismo. só que não chega a ser compaixão. no caio seria. ele cai fácil pra pieguez.

isabella é fantástica. ela também se jogou da janela, com outra sorte. já fizeram um filme? um dia vai ter. "Blow"

júlia disse...

hey, gosto muito de vocês
e de que a gente esteja escrevendo juntox

sabina anzuategui disse...

sim, temos um projeto. já vi uma comunidade no orkut "tenho um projeto de poder", ilustrada pelo cérebro (do pink & cérebro).

 

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