Deixou de fazer natação. A piscina, o banho, a água fria. Tinha o corpo pequeno, magro, muito branco e sem pêlos. O pênis minúsculo, apontavam. Japonês. Mas não sabia se era uma coisa da raça mesmo, não tinha idéia, o pai era muito fechado. Nunca vira o corpo do pai. Dos outros meninos, nenhum era japonês. O Arthur, que era mais alto, e loiro, forte, esportivo, gostava muito dele e deu um jeito de estreitar a amizade. Chamou-o para ir à sua casa, um dia, jogar videogame. Meio sem jeito, passou a mão em seus cabelos. E pediu-lhe, com vergonha, que vestisse a calcinha da irmã. Era uma calcinha rosa-bebê com detalhes de renda. O menino olhava para os tiros na televisão e assim continuou. Usava óculos. E perdeu três vidas naquela tarde.
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3 comentários:
nada, mas absolutamente nada que envolva calcinha de renda - ainda mais rosa - pode terminar bem... game over!!!
genio, marcos, perder tres vidas naquela tarde, genio
tipo esses pessegos aqui ao lado me esqueco até de que
ai que saudades da calcinha da vizinha
Excelente!
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