Fabriquei um relogio de se comer feito torta e tirado dele um pedaco o tempo se equilibrava endurecido, o mundo todo estatico por uma hora, enquanto meus dotes enalteciam calmos e eu aproveitava todo o silencio para te tocar. Foi assim te dei um, te dei dois e quando chegou o terceiro filho, nao havia partida que nao me levasse ao redor dele. Feito mariposa rondando lata d'agua pra ver sua asa, preso um narciso de meia-tigela, as digitais dos seus dedos, meu menino, a maozinha por envelhecer levando a boca microbios e balizas futuras, racoes diarias de cuticulas, proteinas que continuam a crescer enquanto morres. Porque no meu relogio-pao, a morte tem alguma duracao, inequivoca, inexpressa, intermitente.
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Um comentário:
belo belo
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