De repente seria equivalente ficar debaixo dessa portada, deitar-me na cama e me cobrir até a cabeça a vigiar os bichinhos a me comer a barriga. Mas um dia depois de amanhã amanheço no Porto. Primeiro além-mar e depois de lá, três meses, trás os montes pirineus, balaton, acaso. Falo a língua do ainda-não-sei, mas entre os planos a Noruega, dos fiordes e do sol da meia-noite, é o mais exótico. Por aqui deixo o que as casas têm pelo caminho, continuo escrevendo às quartas e juro que desde pequena tenho vontade de ser arraia pulsando o rabo em quem me sorri pelo aquário, não dando, água-viva (vocês já viram a remora que nada colada ao tubarão? meu destino tão diverso), clareando a escuridão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 comentários:
este texto parece
daqueles desenhos
do caderninho de portsmouth
água-viva
boa sote, júlia.
te encontro em budapeste
gostei do texto! flui bem. e bom boa sorte por que não rs.
Li em algum lugar que a gente precisa viajar, porque as viagens geram lembranças, e a gente precisa de lembranças.
Ah, melancólico mas verdadeiro para mim.
marcos
eu adoro esse caderno parece ele todo aguado e
vou citar a rita lee
coisa que nunca fiz
(espero nunca me suicidar):
quero saúde pra gozar no final
- - -
tony, muito obrigada, tenho de ter
- - -
bernardo
toda essa água da tua foto tem de vir junto, dizem que no começo de agosto budapeste é mais seco que o mais seco dos cerrados do mundo,
daí a gente se banha nas águas termais, pra gente ficar bem sadiozinho, ok?
- - -
john,
seja bem-vindo, volte mais vezes, esteja à vontade e boa sorte pra você também, por que sim
- -
sabina,
ontem comprei o único livro que comprei aqui
foi o primeiro que abri na livraria
e está escrito assim:
"Quando eu era jovem li em algum lugar que viajar cura a melancolia",
o livro é do Al Berto, poeta português do qual muito gosto.
beijos nos cinco,
ju, que linda essa imagem de arraia. (alexandre me deu o endereço, e agora sempre passo por aqui)
beijo grande e coisas lindas pra você mundo afora :)
Postar um comentário