terça-feira, 3 de junho de 2008
Creme doce
Talvez não esteja clara a ligação das cenas que tenho escrito. Não lembro se expliquei. Em casa estou juntando os parágrafos num único arquivo. São lembranças sobre um professor e a memória das relações emocionais que envolvem o desejo de aprender. Quando estava recém formada, escrevi um conto usando esse professor como personagem. A narradora era uma ex-aluna desnorteada depois de deixar a faculdade, que procurava reencontrar diante dele algum sentido para sua vida. No final havia um contato sexual perigoso por causa da Aids. Minha mãe não percebeu o lado simbólico da cena. As últimas frases eram: "Ali, ajoelhada, eu passei a língua devagar. E com o gosto que bebi o café quente, eu senti o creme doce, que veio fácil e eu engoli."
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7 comentários:
mãe são péssimas para perceber o valor simbólico das coisas.
...
você está costurando fragmentos?
Hehe. Minha mãe também lê esse blog...
Bem, quanto à pergunta: estou colecionando fragmentos, um dia faço alguma coisa com eles. É o segredo do mundo: montar um livro quando você já tem os pedacinhos.
o segredo do mundo!!
=)
minha mãe, marcos, vê mais valores simbólicos do que eu, mas bem, ela não lê esse blogue - acho-.
sabina esse que acabei de escrever acho que veio do seu creme doce, sabe?!
grata por avisar que era simbólico.
..
o marcos diz isso porque nunca foi mãe.
cada qual tem a mãe que entende.
...
agora me faz mais prazer o que você tem escrito. talvez eu seja muito denotativo. mas fui gostar do seu blog, o limas da pérsia, quando li o conjunto. antes eu mastigava ar.
e os fragmentos são propositais? ou eles aparecem alheios?
Ah, os fragmentos não têm muita relação. Vou escrevendo por associação de idéias. Meu professor tem esse gosto por "biografias intelectuais", ou seja, você não fala da vida, mas do pensamento. Estou tentando fazer isso aos poucos.
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