só sei que vou me entregando ao tempo, vou estendendo o meu corpo, cobrindo os espaços da cama. viro do avesso, e devagar. embaixo do cobertor vem vindo pra fora um calor insuportável. não há mais o que pensar. vou me entregando ao ar do quarto e do céu que encerra a minha boca. penso que esqueci, enfim não sei se penso mesmo, ou esqueci de tudo. às vezes é tão difícil esse tempo, esse descrever das memórias, esse desescorrer. desço a mão mais embaixo do cobertor, cobrindo os meus espaços com os dedos. e depois disso, mais duas linhas brancas só por prazer:
quinta-feira, 19 de junho de 2008
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2 comentários:
é um campo-branco de ausência e decolagem
masturbação
e padê
é-não-é
aquecê
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