quarta-feira, 16 de julho de 2008

não se sabe a quem, mas por ventura amar

Aos homens, assim como à palavra, estou desde que me recordo, inafiançável. O acaso do talento e da paixão não cura, antes é revolver. E precária, tentei o entendimento do Édipo, do pau do outro, da fumaça, do doce que me libertaria desta sina. Agora solta em não entender me escuso aos poucos da murcha flor da culpa que me batem aos ombros. E minhas pernas ficam fortes tão mais nada consegue embrutecer meu coração. E vou vivendo cúmplice de um drama só meu, coreografando improvisação, sempre bandida ladra cafajeste puta à meia luz e eu mesma sempre à rua, no lado ensolarado de quem sai de casa, asas largas, sempre tão clara, compulsiva e discreta, sempre rindo e sempre sempre com essa escrita, com um homem, pelo amor.

Um comentário:

Ana C. Bahia disse...

júlia:

eu compartilho dessa sina, desse drama - desse sol

 

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