sábado, 12 de julho de 2008

planejamento

era um momento solene - finalmente a casa própria. abri a porta, repirei fundo, me espraiei, me alegrei, saí andando, estava em casa caralho! o apartamento só com a mobília que a ex de A. não quis, vazio, uma puta abertura, mil possibilidades. no chão do hall, a garrafa térmica, companheira, com café velho. Termolar. peguei o coador e passei por cima de tudo, fiz café sem saber por quê. o trabalho esperaria chegar a noite, no computador se dá um jeito. fui até o armário e me arrumei, fiz um penteado com a fita de veludo, depois muita sombra e blush. com o lápis de olho fiz um traço que acompanhava a parte de baixo da sombrancelha. me senti perverso e diabólica – uma gargalhada inesperada na frente do espelho. beijei o chão, fiz careta flamenca, liguei música no celular e começou algo que ainda vou ter que entender.

4 comentários:

júlia disse...

arrasou, b., espaço termolar,

sabina anzuategui disse...

é uma sequência do texto anterior, em que se quebram as paredes?

bernardo rb disse...

é uma sequência sim! mas ainda não sei se as paredes quebraram.

Anônimo disse...

universo suspenso inscrito em cada letra das sete linhas. gostei muito.

maridisal

 

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