segunda-feira, 28 de julho de 2008

Sobre o divino

Ela e seus cabelos esvoaçantes pegaram o bonde de manhã. E era uma moça que, por mais recatada que fosse, cahama a atenção pela sua beleza exótica e ar tristonho. Sentava-se e só saltava na última parada na praça da Sé. No caminho até o escritório, pensava na missa de domingo. Como o padre se apropriava dum discurso vendido? Se quase tudo está explicado e o motivo pelo qual deus e os deuses foram criados não mais se justifica, por que continuamos a ser crédulos como antes? Após a missa, que fora no dia anterior, falou com isso sobre a mãe e ganhou um tabefe, além do epíteto de herege, que, onde já se viu, uma mulher que tinha todos os sacramentos requeridos até ali falasse tamanho descalabro. Hoje, a raiva e a cara ardem.

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