sexta-feira, 18 de julho de 2008

silêncio (9)

Ontem juntei os papéis e tentei organizar os mapas que você fez de mim. Às vezes confundo o susto (de verificar de novo que você me conhece melhor do que eu) com a idéia de que você concorda com meus modos e ritmos. Outras vezes, a sua precisão cortante me soa como produto de uma mente racional demais, distante demais, parece que você desistiu de mim. E então eu leio, no canto de um mapa que tinha antes me passado discreto, que eu interpreto tudo o tempo todo, que dou a tudo o sentido dos meus humores. É como se isso te segurasse ou me segurasse em um ponto intermediário entre uma entrega irrestrita e sua partida imediata. Consigo já prever suas restrições ao meu raciocínio pouco matizado e sei que você vai me surpreender.
 

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