Agora penso; não penso em nada. Melhor: minha cabeça é uma montanha imensa de pensamentos desconexos, de fragmentos minúsculos, limalhas que não são reconhecíveis. E digo, nervosíssimo, que nem sequer há um ímã para que eu as junte; partindo do pressuposto que essas limalhas sejam, de fato, metálicas. E é um estado de confusão em que nada dá liga, nada se junta. Era ainda preferível a ausência da linha de pensamento a isto. Meus pés carambolam, não sei, eles, os sapatos devem estar guiando. Tresando; parece-me que entrei na rua errada e não diviso a placa. Alguém abre uma porta conhecida: "ora, veja lá, é você! Vamos suba, vamos beber alguma coisa"; eu vou, que coisa!
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3 comentários:
"a consciência de ter consciência", díspares, que sejam, descontínuas,
um beijo grande, meu amigo
surpresa
diferente do que você escreve
e gostei igual
diferente
que coisa!
gosto de pensar que as limalhas são metálicas, que o corpo transporta estímulos de eletricidade...
gosto de como a porta ´conhecida´ é estranhada pelo personagem.
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