não sei exatamente o que acontecia - inexplicável. mas gostava de fazer isso depois que o sol se punha - é certo; depois que escurecia completamente. e a lua tava cheia aquele dia. antes: um sol rachando na cabeça, nos ombros, nos braços, nas pernas, na memória - que deu até marca, mas eu sei que isso nem importa. eu começava a pensar sem rumo. primeiro uma sensação longe, um certo intuir. depois vinha uma coisa mais nítida. ai, seilá. pensar sem necessariamente questionar - e vinha naturalmente. uma palavra seguida da outra formando tipo uma frase, isso. ou quase lá. de repente: esquecia. esquecimento dói. dói mil vezes. a coisa se perde e fica só o sentimento de que foi - era uma vez alguma coisa.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
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Um comentário:
mais que o esquecimento, para mim o que dói é procurá-lo,
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mas o vazio do esquecimento preenchido por algo que ainda é também pode doer a valer
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